domingo, 28 de dezembro de 2008

The proof (explicit photos...with subtitles!)

Este blog não se limita a relatar acontecimentos. Este blog vai aos sítios. Este blog está lá. Este blog vai directamente à cena (qual Horatio do CSI Miami), fica no terreno onde decorre a acção...e mais importante: recolhe dados e provas irrefutáveis!

Dei-me ao trabalho disto que se segue (é o que faz não ter mais nada que fazer...que por acaso até tenho...e que só mesmo por acaso são trabalhos importantes da Faculdade...adiante.)

Atenção à sequência de fotos:


1º Faísca a repousar na sua casota, controlando, ao mesmo tempo, toda a acção que decorre no quintal;

2º Tigrão e "coisinho" (um primo chegado do Tigrão) preparam-se para se empoleirar no muro (patas devidamente flectidas em plena preparação para o salto);

3º Faísca dirige-se de imediato para o muro com as suas orelhas bem erguídas, suspeitando que algo está para acontecer;


4º Tigrão salta decidido para cima do muro, enquanto o outro (o "coisinho") aguarda pelas suas recomendações (note-se ainda a sua postura convicta na pose para a foto);


5º Ora bem, essas são só mesmo para mostrar que este gato nasceu para ser modelo (na 2ª foto, andar gingão claramente provocatório);


6º Faísca resolve atacar, escolhendo uma técnica fácil e sórdida: fá-lo por trás sem que o seu adversário se aperceba da sua investida;


7º Round 1: Faísca ataca Tigrão, agarrando sua cauda sem dó nem piedade; 


8º Round 2: Tigrão roda, graciosamente, sobre o seu próprio eixo para encarar o seu adversário...sem grande sucesso;


9º Round 3: Faísca prepara-se para dar a sua derradeira cabeçada (aquela que atira os felinos para cima das hortaliças do quintal do vizinho) e acabar com o assunto...


9º Round 4: Tigrão consegue esquivar-se habilmente, não sem antes levar uma dentadinha de despedida no pernil;


10º Round 5: Tigrão escapa em grande estilo, dirigindo-se para as telhas do vizinho (repare-se na frieza e na calma com que o felino caminha sobre as telhas, mostrando não ter medo da bocarra que se abre atrás dele);

11º Após uma luta desigual, o descanso do guerreiro (claramente, o vencedor. Não pelas suas habilidades p'rá porrada, mas pela sua atitude pacifista e serena de apaziguamento de tensões).


Nota: Acalmem-se almas inquietas e chorosas, os animais envolvidos não sofreram quaisquer ferimentos e/ou lesões. 
Como já tinha dito antes, o Faísca é um brincalhão, e aquelas dentadas...valha-me Deus...são mesmo à maricas. Se tal não fosse, o Tigrão não passeava tão soberbo o seu pêlo luzidio todos os dias mesmo em frente àquele lobo que ocupa o quintal. Rambóia é o que é!

















 


quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Feliz Natal!

Mal parecia vir aqui ao blog só para dizer disparates e deixar passar esse dia em branco sem vos desejar pelo menos um FELIZ NATAL
Podia agora começar a dissertar sobre todas aquelas coisas que são (ou deviam ser!) inerentes a esta época, mas não o vou fazer. E porquê? Porque a minha antena não está a captar devidamente a inspiração que devia, e porque todos nós, como crescidinhos que somos, já sabemos de cor os discursos natalícios que se repetem a cada ano. Muitas coisas bonitas de se ouvir são apregoadas, mas muito poucas são efectivamente realizadas. É pena, é triste. E é por isso que me fico somente pelos  votos de um FELIZ NATAL para todos vós, porque há muita coisa sobre esta Festa que me faz aquela "comichãozinha" no céu da boca, ou neste caso, na ponta dos dedos que me faria escrever e escrever feita maluca. Vá, podem respirar fundo. Fico mesmo por aqui. 

Deixo-vos aqui uma mensagem de Natal original. Divirtam-se nesse site. É giro q' se farta!




Paz. 

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Faísca, o Cão

Chama-se Faísca (nome lindo). É um Pastor Alemão traçado com raça incógnita. Tem quase o tamanho de um cavalo na adolescência. É o terror do quintal. 
Rói lenha, chinelos, baldes, vassouras, esfregonas, botijas de gás, halteres, roupa do estendal (demonstrando particular preferência pela roupa do meu pai), cortinas, a sua própria casota, e os recipientes por onde come (de forma alarve) e bebe. Anteontem roeu a canalização cá de casa. 
Não apresenta quaisquer problemas do foro intestinal, tais como Obstipação ou Colite, antes pelo contrário. O seu metabolismo é rápido demais o que agrada muito quem tem a tarefa de limpar o quintal. 
Não trava amizades com os gatos. O Tigrão (o gato ginasta apresentado noutro post) é o único que lhe faz frente, sem sucesso. Noutro dia este afamado gato, encontrando-se empoleirado em cima do muro que divide o nosso quintal do quintal do vizinho, habilitou-se a uma cabeçada, indo em queda livre em direcção a um monte de couves, alfaces e alhos-francês. Não sofreu quaisquer danos físicos ou morais, pois ainda faz questão de voltar ao local do atentado.

Agarra o carrapito da minha irmã quando ela faz flexões no quintal (sim, a minha irmã monta um ginásio no quintal, daí o bicho ter roído os halteres acima referidos ). Saboreia o telemóvel dela quando a apanha desprevenida. 
É um brincalhão.

É muito machão, muito viril, mas tem medo de abelhas.

Presenteia-nos, muitas vezes, com momentos poéticos como este que segue: 

(dando sustos de morte à minha irmã, já que esta é a janela do quarto dela).

Lindo, hã?!


P.S: Nem a propósito, acabou de acontecer algo que se encaixa mesmo bem neste post
O canalizador, um senhor que mede sensivelmente 1,50 m, ao sair à porta do quintal foi abalroado pelo dito cujo, caindo ao chão e batendo com o queixo. Nada de grave, já que ainda teve forças para dizer qualquer coisa como "Epá, é um cão bruto, mas muito bonito". 

Eu já tinha dito que ele era um brincalhão.

Cuidado com o Faísca, o Cão.

 
 

sábado, 20 de dezembro de 2008

Estou...

...Esgotada;
Cansada;
Arrasada.
E outras palavrinhas acabadas em "...ada". É como me sinto darlings

Quinta-feira: 6h da matina e ainda 'tava com a pestana aberta a dar os últimos retoques em 3 trabalhos que tinha que entregar neste mesmo dia. 
6h30 'tava a enfiar-me na cama e a pôr o alarme para as 8h30 para aplicar duas prova Piagetianas a um puto de 5 anos. 
8h30 despertei com a "Ace of Spades" dos Motorhead (experimentem lá por isto como toque de despertador e logo vêem quão agradável é acordar assim). O despertador baralhou-me de tal forma a cabecinha, que cambaleei pelo quarto, ainda de olhos fechados, à procura das primeiras calças e da primeira camisola quente que apalpasse pela frente. Ainda bati com os dedos dos pés na secretária (dor que só se assemelha a uma dor de parto), disse uma dúzia de palavras feias, e lá me vesti a tremelicar por todo o lado com o frio que estava. Dirigi-me à casa-de-banho para lavar os dentes e a cara, numa tentativa de abrir os olhos de uma vez por todas. Tentativa falhada. Voltei para o quarto agarrada às paredes. Agarrei na pasta, na mala e no mp3 e abalei porta fora. Quando estava a sair do prédio e olhei para um carro, vi o meu reflexo e apercebi-me que não tinha esticado a franja: "Temos pena", pensei eu. 
Passei pelo Mini-Mercado que fica ao pé de casa para comprar alguma coisa para comer a caminho, não me fosse dar uma fraqueza e desmaiar em plena calçada. A senhora empregada, muito simpática e amigável, de esfregona na mão, quase me expulsa porta fora alegando que "...tem que esperar mais uns minutinhos menina, que só abrimos às 9h". Saí porta fora a dizer entre dentes mais meia dúzia de palavras feias. Desci a rua, encontrei-me com uma das colegas de grupo, e lá apanhamos o 7 para nos encontrarmos com outras duas colegas. Depois de aplicadas as provas ao moçinho, lá fui eu mais morta que viva, comprar o bilhete do Expresso à Rodoviária. "Bom dia, é um bilhete para o Porto, para amanhã às 8h30", "São 11€". Dou à senhora três notas de 5€. "Não tem uma moeda de 1€?", "Não.", "Incrível! e depois dizem que o país está em crise!". É que nem respondi a essa piadola. 
Arrastei-me para casa e caí redonda na cama. 
Dormi mais umas 2 horinhas, imprimi os trabalhos, subi as Monumentais com a bomba da asma na mão, e lá fui eu para a Faculdade. 
Entramos na sala com a esperança que a Professora dissesse "Entreguem os trabalhos e BOAS FÉRIAS". Mas não. Tivemos aula. No entanto, não aguentei e saí a meio. Andei meia horinha a pé até ao Sweet Drip (Tradução: Pingo Doce) para fazer umas compras, e outros 15 minutos de volta a casa com sacos na mão.
Cheguei a casa e voltei a sair logo de seguída com a Lili e com o Gonçalo para irmos ao Lidl. Lá fomos os três: Lili a conduzir, Dj Cátii a pôr som no carro e Gonçalo atrás a dar indicações. 
Voltamos para o nosso Lar e comecei a fazer o jantar para a minha família do coraçãozinho. 
Fui para o quarto para fazer mala. Foi um instantinho. Abri e fechei armários e gavetas vezes sem conta para ter a certeza que tinha tudo arrumado e que não me esquecia de nada. Eram 2h da matina quando tava a tomar duche. Antes de ir dormir, abri a carteira para confirmar se tinha todos os documentos necessários, olhei para o bilhete do Expresso e reparei que o que a senhora humorista da Rodoviária me tinha dado era afinal para as 9h30 (tinha mesmo que ir às 8h30 para o caso de haver algum imprevisto, porque o voo era às 12h20). Disse mais 8735768 palavrinhas daquelas, e fui dormir. 

Sexta-feira: O despertador tocou às 7h, mas desta vez com a "Rocking around the Christmas Tree". Uma pessoa acorda logo com outro espírito. Tomei duche, vesti-me, dei um beijinho de despedida às minhas meninas e lá fui eu. Desci as escadas do prédio a muito custo com um trolley grande (não temos elevador) e voltei para ir buscar a minha mala e o portátil. Cometi a grande inconsciência de ir de botas de salto alto, sem me lembrar que ainda tinha que descer uma rampa e andar uns valentes metros para chegar à Praça de Táxis. Cheguei lá com as pernas bambas. 
Chegada à Rodoviária a deitar fumo pelas orelhas, lá me dirigi à Bilheteira. Era a humorista quem lá estava. "Bom dia. Ontem pedi-lhe um bilhete para as 8h30 mas deve ter percebido mal e deu-me um para as 9h30...sabe é que tenho um avião para apanhar e..." nem me deixou acabar a conversa e já tava a trocar o bilhete. Óptimo, é que já 'tava à espera de mais uma piada. 
Entrei no autocarro e lá levei uma seca de 1h30 de viagem. O que me vale é o meu mp3, que é, nada mais nada menos, um filho pr'a mim!
Cheguei ao Porto (cidade mai' linda), e voltei a apanhar um Táxi para o Aeroporto. 
Aeroporto Sá Carneiro. Entro lá e reparo que os balcões do Check-in para Ponta Delgada já estão abertos. Ponho-me na fila. 
"Olhe, um lugar ao pé da janela por favor". 
Compro a Blitz deste mês que tem como capa o Kurt Cobain e resolvo ir para a porta de embarque. 
Mostro o CU ao senhor segurança (leia-se, Cartão Único) e preparo-me para a parte mais chata de todo este processo. Tiro cinto, casaco e cachecol, abro a mala do portátil, tiro o portátil, revistam-me a mala de ombro. Pedem-me para passar: "pipipipipipipipipi", responde o raio daquela máquina. "Minha senhora, chegue aqui à frente, abra os braços e afaste as suas pernas". Odeio que me chamem senhora, só p'ra que fique registado. Uma senhora com luvas brancas apalpou-me em pleno Aeroporto, quando havia lá por perto um moço jeitoso que apalpava também ele senhores que faziam a máquina apitar. Alguma coisa bate mal naquele Aeroporto. 
Ainda pensei que fosse o piercing. Afinal foram as botas a razão do vexame. 
Fui para a porta de embarque e dirigi-me para um cantinho para voltar a colocar o cinto enquanto olhava para os aviões lá fora. Quando olhei para trás e para cima reparei que havia (muita) gente a olhar cá para baixo através de um vidro. Que situação tão gira.
Sentei-me numa das cadeiras a ler a Blitz enquanto esperava que a porta abrisse. Eram 12h e a porta ainda não estava aberta. O avião estava atrasado.
A porta só abriu às 12h20 e lá entrei já impaciente. 
Avião cheio e eu sozinha num banco com três lugares. Wooooo-hoooooo, assim é que gosto. 
Mais 2h e não sei quantos minutos de pura seca. 
Na descolagem, a minha parte preferida, uma moça com a mania que tinha um grande piadão resolve gritar "Aiiii que eu não quero andar de avião! aii que eu tenho medo! aii que isso vai cair tudo" com um sotaque micaelense que até eu levei uns segundos a decifrar. As amigas dela riram-se achando muita piada; o resto do avião, nem por isso. Eu pessoalmente fiquei com vontade de ser uma conterrânea prestável e atirá-la avião fora. 
Para passar o tempo li as partes da revista que ainda não tinha lido, ouvi mp3 e cheguei ainda a "bater um ronco", até ao momento em que dois bebés que resolveram chorar a plenos pulmões durante quase toda a viagem acharam que eu devia era estar acordada. 
Somos informados que vamos iniciar a descida. Começo a avistar a minha linda ilha ao longe. 
O Sr. Piloto, armado em Michael Schumacher dos céus, faz uma manobra para virar que põe o avião numa posição oblíqua um bocado estranha. Por momentos, vi a minha vida andar p'ra trás. 
A aterragem foi muito boa e, felizmente, ninguém se lembrou de bater palmas. 
18 graus em Ponta Delgada. Saí do avião e senti-me em Bora Bora. 
Mais uns minutos de espera pela bagagem. 
Não demorou muito tempo até que o meu rico trolley entrasse no tapete rolante. Adoro essa sensação. Lá agarrei a minha mala e dirigi-me para a porta que tem por cima um letreiro a verde que diz "Nada a Declarar". 
Muita emoção, abraços e beijos na família que esperava por mim. 
Nem acreditei quando finalmente cheguei a casa.
Descanso, muitos mimos e comida da mamã. 

Lar doce Lar.






 


 


quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Prometo...

...que quando esse suplício de trabalhos, stress e quase loucura acabar, compenso neste afamado blog aquilo que não escrevi nesses dias. Este post é dirigido, principalmente, aos 100 ('tá beeeem!) fiéis visitantes que este blog recebe diariamente e que tem mandado emails e mensagens anónimas a ameaçar-me de porrada por ser uma blogueira desleixada e inconsciente.
Amanhã, depois de entregues os 834657928 trabalhos que nos faltavam entregar, aqui a moça dos trópicos tropicais (como diz a Tica, coisa mai' linda), está oficialmente de férias (ou se calhar não, já que vou ter que adiantar mais umas mer...coisas lá na ilha).
Ora bem, hora de voltar ao trabalho.
Beijinho para quem ainda se designa a visitar este estaminé (que tem um template tão foleirinho Meu Deus! aquela mão lá em cima a segurar a caneta NÃO é minha hã!...já agora, como é que eu mudo isso?).
Ah, e já agora, antes de ir embora (as rimas saem-me assim...fluem!), quero só demonstrar o meu desagrado pelo facto de nenhum/a corajoso/a ter respondido à minha proposta de irmos todos nus para as Monumentais gritar "Hey! Teacher! leave the kids alone"...era uma forma bem gira e radical de protesto...
...
...
...
Púdicos!!!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Bora a mais um momento deprimente? Bora!

Aqui fica o poema das tais "ruas paralelas" com o qual a minha irmã tão gentilmente gozou num post anterior. Esse é de um dos meus heterónimos (toma Fernando Pessoa, não és o único a ter heterónimos!), a Vánessa Sofia (vá, tou a brincar...).

Encontros

Andamos em ruas paralelas

E com frequência nos encontramos.

Perco-me de tudo, esqueço-me da paz

Esqueço-me da alegria,

Tuas inimigas de sempre, tuas inimigas para sempre…

O peso do mundo cai-me nos ombros, e mergulho nesse abismo

Que toma conta do meu ser e da minha alma indefesa e débil

O vento gélido que trazes nas tuas veias apaga as tochas que iluminam

O caminho que traço com a vontade de nunca te encontrar.

A tua força viril e insensível empurra-me para o turbilhão

De imagens e histórias passadas que me perseguem e inquietam

E que insistem em não me abandonar

Os meus gritos saem mudos e não obtenho respostas

Os meus gestos vociferantes são ignorados

Pois todos são surdos, todos são cegos.

Cessa de me atormentar

Parte para outra rua, cruza outros caminhos,

Esquece a minha existência…roubaste-ma há muito.

Esquece esta alma imensamente frágil que não mais aguenta tais encontros.

Quero uma mão que me guie

Que me leve para outros trilhos

Que me liberte desse sufoco que engole aos poucos a minha alma.

Deixa-me. Liberta-me. Ignora-me.

Desiste de me procurar nos caminhos da vida.

Tento tão sofregamente fugir de ti, Sofrimento

Mas tu corres mais depressa do que eu…

Esquece a morada da minha alma, da minha existência.

E talvez nesse momento…

Eu encontre a paz e a alegria,

E correremos de mãos dadas pelas ruas e caminhos da vida,

Onde tu, nunca nos poderás encontrar.


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Não, eu não ando a "chocar" uma depressão. Apenas gosto de escrever. 

E é isso. 

 

 

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Foste ao W.C.? Usaste a vassoura?

Desde já peço desculpa pela pobreza de posts. Isto não está nada fácil por estes lados; muito trabalho e muito stress. A inspiração lá de vez em quando espreita, surgem temas e afins porreirinhos nessa cabecinha linda que entretanto, desvanecem-se. Vou passar a andar com um bloco de notas.

Atenção ao que se segue:



Esta preciosidade encontra-se nos W.C's femininos do Departamento de Matemática da Universidade de Coimbra, para quem quiser confirmar. 
Dei-me ao trabalho de tirar esta foto porque achei fofa a parte da "Vassoura (se necessário)". 

Vassoura?! não quereis dizer Piaçaba?! (como alguma criatura inteligente escreveu por baixo, apercebendo-se do erro, quiçá, enquanto desabotoava as calças). É que eu até perdoava se, em vez de piaçaba, tivesse lá um "Piaçá" (como muito boa gente teima em dizer). Até se percebia, e deixava passar (minto! se lá tivesse "Piaçá" também tirava uma foto!). Se calhar sou eu quem está equivocada no meio desta história toda, e realmente já existem vassouras adaptadas para sanitas. E já agora pás também. 

E passar a usar algália para evitar casas-de-banho públicas?

domingo, 9 de novembro de 2008

Passagem rápida só p'ra dizer uma coisinha...

SSSSSPPPPPPOOOOOORRRRRRRTTTTTTTIIIIIIIINNNNNNNNGGGGGG


Pronto. Estou mais aliviada.

(Benfiquista com ódio de estimação pelo Sporting)

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Momento Deprimente (e extremamente lamechas) da Semana

"Minuto"
Bastava apenas um minuto
Para me perder na imensidão deste mar negro
Mergulhar intrepidamente,
Nadar incessantemente,
Procurar, relutante, todos estes tesouros
Ocultos, desconhecidos, secretos,
Inexplorados nesta tua infinidade

Queria apenas um minuto
Para me afundar nesta tua ilusória
Parede negra, feita de breu, firme
Inabalável, superficialmente indestrutível,
Para te mostrar, mar enfatuado,
Que todo este disfarce esconde e renega,
Uma sensibilidade a ti inerente, que existe,
Está lá, no mais profundo do teu ser,
Guardada em baús, qual tesouro, preciosidade,
Entranhados nessas areias cúmplices,
Que não os deixam transparecer,
Para que nada nem ninguém invada
Este espaço tão íntimo e delicado
Do qual só tu és conhecedor

Queria um minuto apenas
Somente um…
Um minuto infinito
Disperso num relógio avariado
Para me perder na imensidão dos
Teus olhos negros.
Destruir essa barreira construída
Pelo teu ego masculino
E descobrir, fazer-te ver e admitir
O que tens de mais belo
Nesse teu interior inestimável
Que não deixas manifestar-se
Nem por escassos segundos.

Dá-me um minuto apenas.
Deixa-me tocar-te, beijar-te,
Sussurrar-te ao ouvido o quanto gosto de ti.
Deixa que te arranque um sorriso tímido,
Uma expressão meiga e surpresa nos teus olhos negros
Provocar um entorpecimento em todo o teu corpo
Demonstra tudo aquilo que és, mas que finges não ser
Expõe, sem medo, sem vergonha, toda a sensibilidade
Desde sempre reprimida e censurada
No mais profundo do teu ser…
Guardada…em baús…qual tesouro, preciosidade…
(Peço desculpa. Apeteceu-me.)

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Ui que BRIOL!

'Tá fresquinho não 'tá?! Ou sou só eu, moça acostumada a climas tropicais húmidos e amenos, que sinto os ossos a estalar de tão gelados?! para não falar das frieiras que começam a despontar nas minhas mãozinhas.
Ainda não percebi se estamos no Outono ou no Inverno. Mas que estou deste lado a bater os dentinhos, 'tou.
Hoje quando ia para a Faculdade (esforço sobrehumano não reconhecido pois fizeram o favor de adiar a aula) faltou-me a sensibilidade no nariz e nos dedos, para além de que ia caindo de nádegas na Praça da República (mesmo ali ao pé do Cartola, esse spot conhecido por toda a massa estudantil dessa Cidade) por escorregar num monte de folhas e coisinhas-que-caem-das-árvores afins. Foi nessa altura que me apercebi que vou ter que comprar casacos mais quentes, luvas de flanela, gorro...e uns ténis com anti-derrapantes para não dar o prazer àquela gente sentada na esplanada, do espectáculo deprimente que seria o meu tralho em pleno largo da Praça.
Um conselho de amiga: Vistam um casaquinho daqueles que se usam na Serra da Estrela que isto a modos que não se adivinha fácil.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

É isso...

Hoje estou cansada. De fazer o quê? Absolutamente nada. É isso que é estranho e que faz espécie: quanto menos faço, mais cansada fico. Mais alguém se identifica comigo?. Vá lá, façam-se ouvir (ou melhor, ler).
Deve haver algum termo científico para isto. Por enquanto só me ocorre um tão conhecido e corriqueiro: Preguiça. Pura e dura.

Ora, ontem fui ao cabeleireiro dar um jeitinho na juba real. Estava a precisar de aparar a franja porque ultimamente já andava a tropeçar nos lancis dos passeios, nas calçadas tão bem alinhadas da cidade de Coimbra e ia batendo de testa nas Monumentais. Se bem que nesta última a minha franja não teve qualquer culpa. As escadas é que são francamente desalinhadas.
Franja a cobrir os olhos + Problemas flagrantes de visão = quedas e vexames públicos.
A franja ficou bem e voltei a ver o mundo, os passeios, as calçadas, as paragens de autocarro, e tudo o mais em que esbarrei nas últimas semanas. Não é desta que vão ver aqui a açoreana escarrapachada nesse chão estudantil. Esperem. Se calhar até vão ver, mas isso vai ser só daqui a uns dias, na Latada, mas por razões diferentes.
Ainda dentro do cabeleireiro, sentadinha à espera que uma amiga, também ela, arranjasse o cabelo, resolvi agarrar numa das revistas que lá havia para passar o tempo e para ficar a par do maravilhoso mundo do Jet7. Depois de ver umas 100 páginas sobre o Cristiano Ronaldo e outras 50 sobre as mamas da Floribela, comecei a sentir uma respiração no meu pescoço. Uma senhora tinha abancado o rabinho ao meu lado e estava a partilhar a leitura comigo. É uma situação que, no mínimo, incomoda. É que havia lá mais revistas: ele era TV7 Dias, Flashes, Marias, Ana + Atrevida (essa merda existe mesmo), etc. etc. Até o Diário das Beiras havia. Não fiquem a pensar que sou uma moça egoísta que nem é capaz de partilhar amistosamente a leitura da Caras com uma quarentona que resolveu ir fazer umas nuances ao cabeleireiro. Nada disso meus amigos! O que aqui está em questão é: "Será que já posso virar a página?! Será que a senhora teve tempo para ler que a Fátima Lopes andou a fazer tratamentos de infertilidade?! " É uma angústia, e chega a ser aflitivo, garanto-vos. É que eu sou daquele tipo de pessoas que, ao ler uma revista deveras desinteressante, limito-me a olhar para as imagens, a ler as legendas de rompante e a virar a página na ânsia de ver o que se segue. Logo, tive que fingir um grande interesse e ficar, no mínimo, 2 minutos em cada página, até ouvir um leve suspiro que provavelmente significava qualquer coisa como "Vá filha, virá lá a página que eu não tenho o dia todo". E foi assim até ao momento em que a dita senhora virou a cara para olhar não sei para onde e eu aproveitei a deixa para fechar aquele molho de folhas repletas de cultura. Levantei-me para ir embora com a amiga, e deixei a Caras ao lado da senhora para que ela disfrutasse em pleno da sua leitura. Ela não voltou a olhar para a revista.

Minha senhora, se por acaso ler este post, que fique aqui bem claro que adorei partilhar consigo aquele momento intenso de cusquice Jetsetiana (tentativa falhada de neologismo). Veja se da próxima vez não fica tão perto de mim. Ou melhor. Leia o Diário das Beiras que sempre vale mais a pena. Beijinho querida! Ahhh, e espero que o seu cabelo tenha ficado do seu agrado!.

À saída do cabeleireiro a Catarina disse que tinha rido às minhas custas porque assistiu à cena toda através do espelho.

Ao menos alguém se divertiu.

E quando uma pessoa vai num autocarro vazio e entra um/a idoso/a que se senta precisamente ao nosso lado e resolve contar a sua vida toda?! É giro.









terça-feira, 14 de outubro de 2008

Só mesmo para dizer que...

...o meu gato (vulgo, "Tigrão") é um ginasta.




E aqui fica a prova.

Peço perdão se, por acaso, feri susceptibilidades.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

EU FUI - Parte IV - The End


Continuando...



Ainda antes de falar do concerto(zaço) do Lenny Kravitz...



"Cátii 'tou a ver o concerto na Sic Radical. Essa maldita está toda bêbeda e drogada!" foi a sms que recebi da minha mãe (a famosa Gigi) já o concerto da outra ia a meio. Isto é, o problema na rede dos 180.000 telemóveis presentes no Parque da Bela Vista (leia-se, dois telemóveis por pessoa...estamos em Portugal, certo?) estava resolvido, e a minha mãe estava decerto a pensar "mas que rica prenda de aniversário fui eu oferecer à minha rica filhinha".


Eu bem que acenei e agitei a bandeira dos Açores nos ar para que a minha mãe visse que eu estava sã. Foi escusado. Não apareci na TV.


A Miss Amy Winehouse tinha acabado de sair do palco a cambalear sobre o seu par de perninhas franzinas, e enquanto tentavamos recuperar do mix de emoções que tinhamos sentido e a que tinhamos assistido durante 50 minutinhos bem contados, palmilhámos mais uns metros em direcção à grade para assistirmos em pleno ao próximo concerto. Atropelámos mais uns quantos indivíduos abancados de cu no chão, ouvimos uns quantos insultos atirados entre dentes e vimos mais umas quantas caras de ódio, mas fingimos que não era connosco e lá continuamos nós a nossa debandada. Não ficamos mesmo em frente à grade, mas para o espaço que era e para o número de pessoas que se encontrava na zona em questão, ficamos muito bem situadas e com uma belíssima visão para o palco.


Ora, depois de mais uns minutos de espera, e de preparado o material necessário para o espectáculo, dá-se o rufar de tambores, ligam-se os ecrãs gigantes e eis que aparece lá o Lenny no Backstage de guitarra na mão, preparadíssimo para entrar em palco. Novamente, barulho ensurdecedor no Parque da Bela Vista. Gente a acordar em Chelas.


Entra aquele homem em palco, para alegria do mulherio presente, de casaco de cabedal, camisa preta de gola alta, calçinha skinny idem, óculos de sol (o sol de Lisboa à noite não é pêra doce), corrente de ouro ao pescoço (!!!)...isto é, um estilo Pimp (vulgo, Chulo a.k.a Proxeneta) que, estranhamente, ficava-lhe mesmo bem pá (só mesmo porque era o Lenny). Se bem que também não nos podemos queixar: o moço já teve uma época em que usava calçinha de cabedal com camisolinha de renda, com os piercings nos mamilos à mostra. Logo, não 'tava mesmo nada mal. O homem deixou bem claro que gosta bastante de ouro: ele era a corrente ao pescoço, ele era a guitarra, ele era o microfone e as colunas banhadas a ouro...e tenho cá pra mim que as cuecas dele também tinham uns quantos quilates. Só Deus sabe.



Adiante.



Esse senhor, de um estilo inconfundível, abriu o espectáculo entre fogo-de-artifício com a música "Back In Vietnam". O público estava mesmo ao rubro e o ambiente era mesmo de arrepiar. E por falar em arrepiar...acabamos de cantar em coro o refrão da "Stilness of Heart" (que durou, sem exagero, uns 10 minutos) e o Lenny dirige-se para o piano. Foi nessa altura que a Tânia disse qualquer coisa como "Ohh Meu Deus, é agora!". Oh Meu Deus. Era mesmo. A "I'll Be Waiting", o som que já andávamos a ouvir há meses. Fantástico, diga-se de passagem. Foi o momento marcante da noite. Duvidam?


O profissionalismo desse homem é incrível. A voz dele ao vivo é perfeita. "Ahhhh e tal, dizes isso porque viste o desastre que foi o concerto da outra e esse pareceu-te muito bom por causa disso!". Não meus queridos e assíduos leitores. I mean it!


A banda era igualmente espectacular. O guitarrista que tinha um cabelo que ultrapassava, e muito, o volume do meu em dias maus, e que fazia uns solos magníficos; um baixista que parecia que tinha fumado qualquer coisinha a meias com a Amy, também ele de óculos de sol (lá está!) que fazia uns movimentos deveras cómicos; um baterista que simplesmente arrasou, e o resto da banda, proporcionaram a todos um concerto digno dos 53€ pagos para este dia.


E quando ele desceu do palco para ir para perto do público e, inclusivé, subir uma das grades com o mulherio todo em êxtase (por acaso mesmo ao pé de onde nós estavamos)?! Amazing.


Bem, apesar de tudo, posso afirmar que houve umas coisinhas que nos ficaram entaladas: Mas porque raio é que ele não cantou a "Again", a "American Woman", a "I Belong To You"?!Vá, não tem mal Lenny. Volta, 'tás perdoado!


Depois de muito cantarmos, saltarmos e suarmos, o homem dá a noite por encerrada, sai do palco, mas entretanto, cheiínho de saudades nossas, volta, e lá se despede com o encore "Are You Gonna Go My Way". Sim, o concerto já tinha acabado, o pessoal já começava a dispersar, mas eu e a Tânia continuavamos paralisadas no mesmo lugar à espera que o Lenny voltasse e cantasse só p'ra nós a "Again". O gajo não voltou.
Lá fomos nós com as pernas doridas a palmilhar aquele terreno fora pois ainda faltava mais qualquer coisinha: a tenda electrónica.
Andamos uns quantos Km e já se ouvia em todo o recinto o Trance fenomenal do Sr. Dj Paul Van Dyk. Ainda antes de chegarmos à tenda (que não era tenda coisa nenhuma, mas o conceito estava engraçado) algum elemento do grupo lembrou-se que tinha a bexiga cheia. De repente, toda a gente chegou à conclusão que "já se mijava pá" e lá fomos nós ao W.C. que, só para que conste, tava cheiinho. Enquanto esperava impacientemente que as moças se aliviassem, lá ia "cÓrtindo" o som. "Já ta tudo?" "!" "Bora lá p'rá tenda!" e lá fomos nós.
Aquilo estava simplesmente impossível. A abarrotar mesmo. Ainda tentamos enfiar-nos lá dentro, mas nunca me lembro de ter sido tão esmagada em toda a minha vida. Viemos cá para fora. Ainda assim, foi lindo! Trance no seu melhor, sem sombra de dúvida.
Quando já faziamos um esforço sobrehumano para nos mantermos sobre os nossos próprios membros inferiores, decidimos ir embora, até porque já estava mesmo quase na hora de encerramento do recinto.
Ainda deu tempo para tirarmos mais umas fotos e de falarmos de como aquele dia tinha sido absolutamente fantástico. Despedi-me da Mana e do resto das meninas que tinham que ir para Braga e lá fui eu mais a Catarina apanhar o autocarro para Carnide.
Apanhamos o Bus, sentamo-nos estafadíssimas num dos bancos que p'ra lá havia e quase batemos um ronco (como diz a Catarina). Saímos em frente ao Colombo e fomos a pé até casa, que ainda ficava um bocado afastada (duas gajas inocentes, ingénuas e desprotegidas às 4h da matina, sozinhas a caminho de casa, sem uma arma branca, sem um corta-unhas, sem um spray-pimenta, nada, nadinha...a cruzarem bairros sociais escuros e sombrios...ah guerreiras!!...Chegamos bem a casa. No entanto, não repitam tamanha proeza).
Entramos pé ante pé no apartamento do tio da Catarina e mergulhamos no sofá-cama que nos tinha acolhido no dia anterior. Bendito sofá-cama.
Apanhamos o autocarro das 14h do dia seguinte e voltamos para a nossa linda cidade.
Conclusão: Rock in Rio 2010...EU VOU!
(Nota: Repararam que já não uso palavrões nos posts?!...Pois bem...a minha irmã sabe que tenho um blog. Acho que está tudo explicado.)







quinta-feira, 11 de setembro de 2008

EU FUI - Parte III


Continuando...


Depois dos saltos desmesurados dos brasileiros que nos circundavam, das cores das bandeiras dos Brasil que nos ofuscavam e nos tapavam a vista para o palco, depois de reproduzidas músicas com letras deveras brilhantes e intrincadas de um dialecto ainda por descodificar, tais como "Pererê", "Arerê" e outras que tais, e de assassinar sem dó nem piedade o clássico do Alejandro Sanz "Corazón Partío" (ser-se brasileiro e cantar em espanhol é um atentado à saúde de quem ouve), lá assentamos pés no chão e começamos a ir o mais para a frente que conseguiamos. Tudo pela Miss Amy Winehouse. Lá fomos nós de mãos dadas, a fazer carreirinha, para não nos perdermos naquela confusão de gente. A muito custo lá tentavamos passar por entre aquele pessoal, enquanto esboçavamos grandes sorrisos e olhares amorosos como que a dizer "licençinha" e recebíamos de retorno olhares sanguinários que falavam por si e que, logo, dispensavam palavras.



Estavamos já bem adiantadas em relação ao lugar de onde tinhamos assistido ao concerto da Ivétxi, e foi quando, de novo (outra vez, não sei como), no meio de milhentas criaturas, esbarrei numa colega de casa. "Olhaaaaa tuuuuu aquiiii!!". E lá nos cumprimentamos esbaforidas pela surpresa. Enquanto isso as outras três moças continuavam desaparecidas, e um súbito problema na rede dos telemóveis de toda a gente não permitia mandar uma única sms. Mesmo que desse não ia valer de nada. Era completamente impossível combinar pontos de encontro; entretanto já anoitecia e já toda e gente se dirigia para o espaço do Palco Mundo. Quem tivesse lá bem no meio daquela multidão à rasca para fazer chichi, 'tava bem fodido, 'tava. É nessas alturas que as algálias fazem jeito.

Já estava bem escuro e tava tudo ansioso pela chegada da bêbed... Amy Winehouse. É importante relembrar que esperamos à volta de 40 minutos para que a moça se decidisse se punha ou não os chispes em palco. Muita coisa se fez nesses 40 longos minutos. Desde ondas e mais ondas que iam de um extremo, até à outra ponta do recinto (por acaso, um efeito fantástico e digno de se ver), apupos que davam para ouvir em Chelas (vulgo, "Booooooo's") devido ao atraso monumental. No calor do desespero chegou-se ainda a ouvir o "Parapapapapaparapapa" e o "Gostosão" (que hinos!) entoados por uns dementes que estavam perto de nós e o sempre presente "Portugal Allez, Portugal Allez" como se de um jogo de futebol se tratasse. Eu, na minha angústia e já com dor nas pernas, limitei-me a um "Vão mas é ao camarim que às tantas a senhora 'tá a ter uma overdose!". Algumas criaturas riram-se, mas o meu propósito era que alguém da organização me ouvisse.

Foi também nessa altura que a tal colega de casa disse-me "Cátii, recebi agora uma sms de uma amiga. Ela diz que passou agora no rodapé da Sic Radical que a Amy não vai actuar"...Ora, esta frase dita assim de rompante, sem um momento de suspense, sem um rufo de tambores, sem nada que fizesse adivinhar a tragédia, o drama, o horror, fez-me pensar de imediato em duas coisas: 1ª: "Ai foda-se, quero o meu dinheiro de volta!"; 2ª "Eh lá, problemas de rede no telemóvel resolvidos".

Confesso que fiquei triste quando pensei sequer na possibilidade daquela alucinada fazer uma desfeita daquelas. É que eu já há uns tempos que andava a ouvir o Álbum Back to Black, tornando-me assim fã da cachopa. Para além de que pagar 53€ para não ver a cabeça de cartaz do dia de abertura é francamente desagradável (Ok, se calhar o cabeça de cartaz era o Lenny, mas eu confesso que fui mais por ela).

Estávamos mais que convencidos que a mulher nem os pés tinha posto em Portugal, e que às tantas iamos era ouvir um dueto do Paulo Gonzo e da Ivente Sangalo para tapar o buraco deixado pela desvairada. Quando os "Boooooo's" se motravam cada vez mais sonoros (recinto esgotado; 90 mil pessoas) e quando alguns já desmaiavam com fraqueza nas pernas, eis que aparece no ecrã gigante a gaja a cambalear de copo na mão, a preparar-se para entrar no palco. Barulho ensurdecedor no recinto. Desta vez não para vaiar a desgraçada, mas para mostrar a satisfação pela sua chegada. É incrível como os portugueses passam de mauzões e implacáveis, a hospitaleiros e fãs incondicionais de Soul & Jazz.

Eu só sei que quando vi que afinal de contas a Amy ia (tentar) cantar, entrei em êxtase e dei uns gritinhos estridentes.

Entra-me aquela ave rara em palco, de vestidinho azul, de saltos altos (big mistake, quando se está num estado de pura embriaguez), com uma ligadura no braço, com o ninho de ratos que tem sobre a cabeça completamente desalinhado, com um gancho em forma de coração lá enfiado com o nome do marido (Blake), e com alto chupão no pescoço (ou quiçá, um eczema, ou uma urticáriazinha), balbucia meia dúzia de sílabas absolutamente imperceptíveis, cambaleia mais um bocado..."I'm sorry I'm late", diz ela.

"'Tá bem filha, 'tás perdoada. Agora redime-te e canta, mas é". Pensei eu.

Ela bem que que atendeu ao meu pedido. No entanto não cantou: grunhiu. 'Tava completamente afónica, 'tadinha,

Aí deu para ver perfeitamente o profissionalismo e dedicação...do resto da banda, que fez de tudo para "salvar" o concerto. Oito músicos fantásticos, dois deles Back singers, que para além de cantar, dançam de forma sincronizada. Fantásticos pá. I Love You Zalon!

Ora, ainda assim, fartei-me de cantar e de "cÓrtir" o concerto mais a Tânia e o resto do pessoal, enquanto a Catarina, sem mexer um único milímetro, pasmada, com os olhos semi-cerrados e de boca aberta a olhar para o Palco abanava a cabeça, com certeza a pensar "Mas eu paguei 53€ p'ra isto?". Eu de vez em quando olhava, só mesmo pelo gozo, e lá estava ela, com a mesma expressão. Ri-me p'ra camano. Foi giro, foi.

Num concerto que durou pouco mais de 50 minutos, a Amyzinha, completamente bezana e alucinada talvez por ter snifado alguma poeira do recinto, esqueceu-se das letras das músicas, improvisou, tentou tocar guitarra "'cause my voice is completely fucked up", dançou de uma forma muito esquisita bamboleando as perninhas para a esquerda e para a direita, ia caindo (eu avisei que os saltos altos eram má ideia...valeu-lhe o Zalon que a agarrou), saiu do palco por uns segundos, comeu bombons, bebeu não sei quantos copo de vinho, chorou enquanto cantou "Love is a Losing Game" porque lá se lembrou que o marido estava preso...Enfim, uma fofa.

Apesar de tudo, gostei do concerto. Mesmo.

Senti pena da moça. Apenas 24 anos, um talento sem fim, e já tão desgraçada.

Acabou o concerto e preparava-se terreno para a chegada do grande Lenny Kravitz.

Por aqui prepara-se terreno para a Parte IV da saga Rock in Rio. Ah pois.

Ainda falta referir, entre outras coisas, que andamos mais uns metros para ficarmos ainda mais próximas do palco, que atropelamos pelo caminho seres puramente estúpidos que se sentavam no chão à espera do próximo concerto ('tava tudo escuro, e nós não tinhamos faróis), o espectáculo que foi o concerto do Lenny, e não esquecer ainda do grande Dj Paul Van Dyk que deu um Show de Trance que me deixou, a mim, alucinada (mas não como a Amy estava).



Próximo capítulo, a não perder.





Continua...






quarta-feira, 10 de setembro de 2008

EU FUI - Parte II

Continuando...

Depois do abraço de grupo emotivo, e de enxutas as lágrimas derramadas, respirámos fundinho e lá entramos nós todas felizes e a borrar estilo por todos os lados. Ainda mal tinhamos posto os pézinhos no Recinto e vemos mesmo ali ao nosso lado o Manzarra (aquele maluco do Curto-Circuito) de microfone na mão a preparar-se para entrevistar três miúdas em êxtase. Ainda pensei saltar-lhe para o colo, dar-lhe um beijo repenicado e dizer "Ahhhhh seu maluco!Tu por aqui?!" enquanto agarrava-lhe na bochecha, mas depois pensei que a minha mãe podia estar a ver a Sic Radical e eliminei esta ideia da minha mente.


Eu confesso que parecia uma parva (e não era a única!), de boca aberta, a olhar à minha volta. O espaço do Recinto era realmente enorme e tava cheio de atracções. Ele era jogos, passatempos, lojas de várias marcas a representar os seus produtos, pessoal a oferecer brindes e tudituditudo. Enfim só estando lá para perceber o que estou a descrever.

Moços com T-Shirts da Vodafone, num posto com o mesmo nome, ofereciam sofás insufláveis para quando o people tivesse cansado, abancar à espera dos concertos. Ou até mesmo para esvaziar aquela merda, arrumar na mala para encher posteriormente e enfeitar, quiçá, um quarto mais desnudado e desprovido de mobília. Foi exactamente nessa última hipótese que a Catarina pensou quando quase fez uma birra para ir para a fila. Ler com sotaque madeirense cerrado: "Cátii, eu quero um sofázinho daqueles". Ora, devo relembrar que aquilo estava apinhado de gente, e a fila estava particularmente GRANDE. Posso quase afiançar que dava três voltas ao recinto. Não, nem tanto, credo!. Mas que estava assim para o grandinha, 'tava. Eu, fria e gélida, lembrei que ainda havia muita coisa a ver no Recinto, que não iamos ficar a ganhar varizes nas pernas paradas durante 3/4 de hora, e que voltavamos lá "daqui a bocadinho". Voltar voltamos, mas a fila já ía em Chelas. Olhei para a Catarina com um ar de "Ooops"e ela para mim com um ar de "Vou-te esganar açoreana d'um raio" e prosseguimos com a nossa debandada pela maravilhosa Cidade do Rock.

Entretanto desencontrei-me das amigas encontradas à entrada. As malucas foram participar num Tetris Humano com o Nilton e nunca mais nos vimos até à segunda-feira de tarde nos Claustros da Faculdade.

Foi mais ou menos nessa altura que me encontrei com a Tânia, com quem ia mantendo contacto através de sms's, que já não via há mais de 2 meses. Muitos abracinhos e muita emoção, duas bandeiras dos Açores quase hasteadas no ar, e lá continuamos a ir aqui e acolá para compensar a "facada" de 53€ de bilhete.

A Catarina lá conseguiu angariar um chapéu cor-de-rosa do Millenium BCP (ridículo, diga-se de passagem) e passeou-se com ele na cabeça até ao final do Festival. Um espectáculo digno de se ver. Se bem que eu não posso falar, visto que andei com uma bóia azul com uma cabeça de pato à cintura uma boa parte do tempo. Eu e mais umas 1000 gajas (e alguns gajos também...juro!). Foi giro.

Enquanto passeavamos reparamos que já havia um grande ajuntamento em frente do Palco Mundo (Palco?! Aquela merda tinha a estrutura de um Hotel!), e pensei "Ohhh Diabo, mas quem é que já está a cantar?!", até que alguém, já não me lembro quem, descansou-me com as seguintes palavras: "Caga nisso...é o Paulo Gonzo!". Óptimo! é que ainda havia muita coisa para ver.

Depois de muitas voltas dadas (e ainda assim tenho cá p'ra mim que não chegamos a ver tudo), de muitas fotos ridículas tiradas (nós com as bóias à cintura e com as bandeiras orgulhosamente esticadas para a foto, a Catarina com a bóia e com o fantástico chapéu) inclusivé com o Sapo (esse ladrão, esse chupista, a quem pago todos os meses quase 40€ de Net), de várias criaturas famosas encontradas pelo caminho (o Rui Unas, dois imberbes de uma das séries dos Morangos com Açúcar, e mais uns quantos penduricalhos que já não me lembro*), de alguns brindes arrecadados, e depois de esvaziada a bóia e arrumada na mala, lá fomos nós assistir ao concerto da Ivete Sangalo. Não sou fã da senhora, nem nada que se pareça, mas ainda mandei uns quantos saltos. Era quase impossível não o fazer, visto que estavamos cercadas por um grupo de brasileiros arrebatados emocionalmente que pulavam como se o amanhã não existisse, entoando nos pequenos espaços de tempo em que a senhora se calava, coisas como "Ivétxi, párô porqué?! eu vim aqui só pr'á txi vê". Aliás, a Tânia, foi por várias vezes, abalroada por um brasileiro que pulava pela vida dele. Só posso garantir uma coisa, os brasileiros tem uma energia que puta c'os pariu.
E o concerto da Amy Winehouse?! Uiiii...

Pois, no próximo post logo ficam a saber como foi ver aquela maluca ao vivo.
Eu avisei que isso tinha que ser por partes.
É que só o concerto daquela senhora que ostenta um ninho de ratos por cima da sua cabeça, dá pano para mangas. E as caras que a Catarina fez ao assistir ao concerto obriga a que as descrições sejam muito detalhadas. Portanto...


Continua...



*Nota: Houve muito boa gente (mas porque é que nos desencontramos no Recinto...porquê? Tudo por um Tetris...um Tetriszinho...) que quase esbarrou com o José Fidalgo...era isso acontecer-me e já valia o dinheiro do bilhete. Era esbarrar, perder os sentidos por uns segundos, levantar, cagar na Amy Winehouse e no Lenny e ir embora com um sorriso estúpido na cara.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

EU FUI - Parte I

Eu cá sou uma gaja de palavra!
Eu disse que ia voltar aqui ao sítio...nem que fosse para ver se o número de visitas ao estaminé tinha aumentado (andou muito tempo estagnado no mesmo número, tadinho!), e cá estou eu.

No post de ontem falei por alto do Rock in Rio.

É.

Eu Fui. E gostei tanto pá. A sério que gostei.Vou dividir isso em duas partes, senão era capaz de ficar a modos que, pá, grandinho. E como eu não quero provocar tédio nos 100 leitores que se ligam a esse blog todos os dias (ahahah...sua maluca!), aqui fica a Parte I.

Dia 30 de Maio, eu e a Catarina, essa madeirense rambóieira (saudades querida!), despertavamos do sofá cama gentilmente cedido pelo tio dela que nos acolheu no seu apartamento em Carnide (ali, pertinho, pertinho do Colombo). Ora, eu levantei-me logo toda excitada, ainda ofuscada pelo sol forte que entrava janela dentro, e cambaleei até à casa-de-banho, enquanto a Catarina continuou a ressonar (a respirar com alguma sonoridade, vá) e a dizer de forma quase imperceptível "já me levanto, já me levanto".

Como era só para passar só um dia em Lisboa, e para não irmos muito carregadas, resolvemos que não iamos levar nada a não ser o essencial, i.e, carteira, telemóvel e bilhete, está claro. Mas ainda assim, eu na minha plena capacidade de fazer "orelhas moucas", levei dentro daquela fantástica mega mala da Mango (que faz muito boa gente dizer em plena faculdade e em tom jocoso: "Ohhh Cátii, vais viajar?!"...) desodorizante, escova de dentes e respectiva pasta, espuma para o cabelo, creme hidratante, carregador do telemóvel, bandeira dos Açores (claro!), dois pacotes de biscoitos típicos da ilha para agradecer a gentileza dos tios da Cat, dominó e baralho de cartas (ok, estes dois últimos foram só mesmo para dar piada à coisa...) e se não me falha a memória, mais umas merdas avulsas.

Lá consegui arrancar a Catarina do sofá com muito custo, depois de levar à volta de 30 minutos a domar a fera que tenho em cima da cabeça: o meu cabelo.

Depois de tudo preparado, lá fomos nós tomar o pequeno-almoço e passear pelo maior número de sítios possível antes de irmos para o Parque da Bela Vista. Primeiro fomos até ao Colombo e a seguir metemo-nos no metro. Fomos até à Praça do Marquês de Pombal, passeamos pelo Bairro Alto, desfilamos como umas "camones" pelo Chiado (quando passamos pela A Brasileira fiz birra para tirar uma foto ao lado da estátua do Fernando Pessoa, mas a Catarina cagou em mim e fingiu que não ouviu...amiga do peito!), e ainda passamos por Olaias para almoçarmos, antes de irmos para o Recinto que já estava quase a abrir. Andamos de metro para catano, portanto. Despedimo-nos de um amigo que tinha almoçado connosco e lá fomos nós aos saltinhos (não, aos saltinhos não que isso é fatelo, e só as pitas que vão ver Tokio Hotel é que o fazem...) apanhar o próximo metro para o afamado Parque da Bela Vista. Conseguimos entrar lá a muito custo, visto que aquilo tava a abarrotar, e basicamente, só mexiamos os olhinhos e iamos comunicando assim.

Chegamos.

Ainda a sair do metro e já havia paletes de gente com folhas A4 a dizer "Vendo Bilhete" ou "Compro Bilhete", e eu, maquiavélica como sempre, a pensar cá para mim "Ai filhos, comprar não preciso...vender, nem pensar!". Adiante. Que rebuliço meus amigos! que confusão!. Era gente a correr como se fossem ajudar os Bombeiros Sapadores a apagar um fogo, era miúdas alteradas, quiçá, pelas hormonas, a cantar a "Rehab" da Amy, era gente com ar duvidoso (muito provavelmente de Chelas, que fica mesmo ali ao lado), a olhar de esguelha para toda a gente, e para as respectivas malas e pertences dessa gente. Numa palavra, uma LOU-CU-RA.

Ainda conseguimos, no meio daquela algazarra toda, avistar (ainda hoje não sei como), três moças distintas, e, só por acaso amigas da Faculdade. Arrebatou-se-me o coração e lá fui eu a correr ter com elas. Foi também nesse momento que olhei para o telemóvel e apercebi-me que tinha ficado sem bateria. "Ai foda-se, querem ver agora...e agora como é que eu comunico com a Tânia?!", pensei eu. Pois, a Tânia (a best friend) tava atrasada, tinhamos que ir trocando sms's e combinando sítios para nos encontrarmos, e o propósito era passarmos o tempo todo juntas a "cÓrtir" a "cÓrtição" do Rock in River. Só então é que me lembrei, que a mala, essa ilustre mala, tinha o meu outro telemóvel, com a bateria carregada. Mudei o cartão. Problema resolvido.

Ainda antes de chegar mesmo à entrada, moças e moços com T-Shirts a dizer Trident Splash a oferecer pacotes de pastilhas (a Tica recebeu dois pacotes porque, ao receber o primeiro rodou sobre o seu próprio eixo, esticou a outra mão, e arrecadou outro...isso representado e ao vivo tem muita mais piada).

Subimos aquilo tudo, passamos pelos senhores agentes da autoridade, que se ofereceram prontamente para remexerem nos nossos pertences (tenho a sensação que o polícia que revistou a minha mala ia caindo lá dentro, e depois não sei como faria para o encontrar, sinceramente), passamos por uns adolescentes voluntários da organização que tiraram as tampinhas das nossas garrafas de água (estúpidos!), chegamos à porta que tinha no seu cimo o símbolo do Festival, demos um abraço de grupo e choramos de emoção (claramente falso).

E a entrada na tal Cidade do Rock fica para o próximo post. Não quero ninguém a dormir em cima dos teclados. A baba pode ser um problema. Portanto...

Continua...



domingo, 7 de setembro de 2008

Ui que o tempo passa a correr...

...e já lá vão 6 meses (PORRA!quase o tempo total de gestação!) desde que não punha aqui os chispes (vulgo, pés). Que vergonha! Cria uma gaja um blog que se adivinha tão afamado e aclamado pela crítica, para depois abandoná-lo assim, qual mãe adolescente e inexperiente que abandona o filho nas escadas de um Convento dentro de uma cesta de vimes com um bilhete a dizer "Cuidem dele...eu voltarei um dia!"...Shame on me!.
Meus amigos (se é que alguém vem aqui ver isto...pois simplesmente entrou-se em desacreditação em relação a este blog) isto de escrever e partilhar coisas do dia-a-dia num blog é muito bonito e girinho, mas dá trabalho...e esta última palavrinha escrita a negrito, de propósito, provoca-me a modos que...urticárias, eczemas e alergias de pele afins!
Verídico!
A preguiça é Rainha por esses lados, e quando se assoma este substantivo (relembro, Trabalho) ressonante nos meus ouvidos sensíveis, palmilha-se-me um prurido por toda esta pele ebúrnea e comicho-me (existe! vão lá confirmar ao dicionário que eu espero) até ficar sem forças para mais nada (Ai Cátia Cátia, tu e esse teu humor sempre tão vincado!).
Bem, o que aconteceu nesses 6 meses?!...Só Deus sabe, eu nem me lembro do que me aconteceu ontem, quanto mais! Vou ter que entrar num processo de regressão temporal e vou colocando por aqui alguns episódios hilariantes, e outros se calhar, nem tanto.
Vou dar um exemplo de uma coisa boa e simultaneamente insólita que me aconteceu: Eu vi a Amy Winehouse no Rock in Rio! (mais sóbria que nunca).
Ok, eu depois venho aqui e desdobro-me todinha em historietas da vida real desta estudante que faz tudo...menos estudar!
Foda-se...
Por falar em estudante...(não) estudar...as aulas começam já no dia 22, e eu não sei se rio ou se choro.
Se calhar não rio nem choro e remeto-me ao estado que tenho mantido nos últimos tempos: Vegetal.

quinta-feira, 13 de março de 2008

E porque mereces mais que qualquer outra pessoa...


"Que vergonha pá!! essa gaja ainda agora começa a bloggar e nunca actualiza esta merda!vergonhoso!V-E-R-G-O-N-H-O-S-O!" Pensam vocês, ou se calhar até o dizem em voz alta, cheios de fúria, com a veia jugular a palpitar de tanta cólera. Não faz mal, eu compreendo porque é bem verdadinha, sim. E para ser sincera não estava para escrever tão cedo (já disse, inércia pá!), mas o grande acontecimento de hoje (dia 14 de Março) obriga-me a por a preguiça de lado e a por esses dedos magníficos - que ostentam umas unhas, todas elas muito bonitas, pintadas com um verniz fabuloso, cujo nome é volúpia, risqué volúpia - a trabalhar.
E perguntam vocês "Mas que acontecimento é esse porra?! já contavas, não?! até parece que é parva a gaja!". E calma, não?!

Vá...

Aqui vai:

PARABÉNSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS MANAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

Pois, é verdade. A minha MANA mais velha faz hoje 21 aninhos. E tal acontecimento, como é lógico, tinha que ficar registado aqui no Blog da Cátii.
E perguntam vocês novamente "Mas quem é essa MANA?! nem sabiamos que tinhas uma irmã mais velha pá!" . Pá...vocês fazem muitas perguntas para o meu gosto. A sorte é que eu sou uma boa moça.
A minha MANA chama-se Tânia (Loira para os amigos, eheh)e é a minha MELHOR AMIGA desde o 9º ano. Sim é verdade, desde aqueles tempos em que eramos grandes pitas e em que queríamos era rir-nos às gargalhadas no nosso "quadrado", fazer a vida negra a alguns pobres coitados (tipo, atirar pães de chouriço à cabeça, ou assim), ir ao hiper Sol-Mar nas horas de almoço comprar merendas - e por falar em merendas... - e apreciar e vibrar com certos e determinados moços e respectivos cus que se passeavam pelos corredores da escola e que faziam as nossas delícias (private joke, you know sister, you know!). Grandes tempos! Foda-se, que saudades! Ohhhh tempo, volta p'ra trás meu granda cabrão!.
Enfim...tudo isso para dizer, com todo o coraçãozinho, que you're my best friend for ever and ever, e que és, de longe, a melhor pessoa que já conheci para se ter como MELHOR AMIGA, a todos os níveis, sim?! E não é a distância (essa PUTA) que me vai fazer esquecer de ti e da nossa amizade. Was I clear?!
Obrigado pela paciência, desculpa qualquer coisinha sim MANAZONA?!
Sabes quem tou SEMPRE aqui para TUDO, e que MERECES tudo de MELHOR, mais que qualquer outra pessoa! That's for sure!!.

PARABÉNS SCHWESTER!!!!! Estás a ficar velhinha pá!!21 anos é dose (Foda-se, também estou quase) Mas aqui estou eu para te acompanhar nos passeios com bengala que ainda vamos fazer juntas na avenida, com os nossos netos a saltitar por aquela calçada fora todos malucos =D.

Porque és a MELHOR AMIGA de sempre.
Porque és minha IRMÃ.
Porque as memórias nunca morrem.
Porque eu sei que ultimamente, apesar de já não nos falarmos tanto, estás sempre no meu pensamento e nunca me esqueço de ti.
Porque estás sempre presente, mesmo não estando.
Porque se calhar é melhor ficar por aqui, visto que às tantas estou a ser uma amiga demasiado lamechas (lol).



I LOVE YOU SO FUCKIN' MUCH SISTER!!!!!
ALWAYS HERE FOR EVERYTHING!!!






(ahah que vídeo tão fofuxo =D PARABÉÉÉNSSSSSSSSS)

domingo, 9 de março de 2008

Tás com problemas na net?! Se calhar é do Blili...

Ideias para novos posts fervilham na minha rica cabecinha.
Mas sinceramente, a pachorra é pouquinha. Inércia amiguinhos, inércia.



Porque o vídeo está simplesmente genial!

E como eu concordo com ele.

You go Brunecas!!!

quarta-feira, 5 de março de 2008

E não é que o moço tem queda prá música?



E o que eu ri à custa disso?

Pena pena, é não ter visto isso em directo.

Brincadeirinha. Coitadinho do menino.

Aviso aos senhores da música: Não usar Óculos de Sol dentro de estúdios televisivos.

Ahhhh e tipo... VIVA O PLAYBACK!

By the way, e para quem não reconheceu, a banda em questão são os Squeeze Theeze Pleeze.

terça-feira, 4 de março de 2008

Alergias, Advil e Saudades...

Mood Today:
Doente (tosse, dores de cabeça, alergias fodidas); chata; rabugenta. Resumindo em duas palavrinhas: Insu-portável.
É.
Mal ponho os pézinhos aqui na ilha fico doente. Cheguei ainda não fez uma semana (faz amanhã, by the way) e já vou deixando um rasto de lenços pela casa. Nesta casa não me perco. Basta seguirem os lenços e lá vão encontrar a Cátii numa das divisões da casa com um frasco de Advil na mão, com os olhos lacrimejantes, com o nariz a pingar, e a lamentar-se bem alto “Mas porque é que isso acontece sempre comigo pá?! Porquê?!”. E a mamã, muito paciente, responde logo de seguida “Ohhh filha, sabes que o clima desta ilha é muito húmido, e tu como tens asma e essas alergias todas, influencia muito e…”. A minha mãe dava uma grande médica, digo-vos já.
Adiante.
Já tenho saudades. É verdade, e muitas. Saudades de Coimbra e dos serões em família no nosso humilde apartamento.
Ainda estou com os horários completamente trocados devido precisamente a esses mega serões. O meu dia normal depois dos exames – que também contribuíram, e muito, para estar toda trocada – era o seguinte: Acordar às onze horas, meio-dia (graças aos 4 alarmes que ponho todos os dias) só para ligar à mamã e dizer “Olá mãezinha, acordei cedinho!” (só mesmo para parecer uma menina comportadinha que vai para a cama às 23h) e depois voltar a dormir e acordar só às 16h, 17h; lavar os dentes; comer uma tosta mista e beber um leitinho (coisinha rápida e levezinha); tomar um duche para relaxar; ir ao Pingo Doce; chegar a casa e arrumar o quarto; ouvir a porta de casa a abrir com a Catarina a bater-me à porta e a dizer “Olá querida” e com o sonoro “OLÁ FAMÍLIA” da Liliana a ecoar pela casa toda; ouvir as queixas da Liliana sobre o trabalho enquanto se fuma um cigarrinho para aliviar o stress; fazer um jantar todo elaborado no forno para a família; jantar na cozinha enquanto se conversa sobre o que se passou durante o dia, e onde ninguém se levanta enquanto a outra não tiver acabado de comer; lavar a loiça; lavar os dentes; ir para a sala ver o “Desejo Proibido” e “Duas Caras”; mandar a Liliana para a cama porque já está tarde e porque ela tem que ir trabalhar cedo amanhã; tomar uma autêntica overdose de filmes (às vezes 3 de seguida) com a Catarina até ficar com as vistinhas a arder; ir dormir às 5h30, 6h da manhã quando os filhos da puta dos pássaros já cantam lá fora a lembrar que já é quase de manhã; por os 4 despertadores para voltar a acordar às onze, meio-dia para dizer à mamã “Olá mãezinha! Acordei cedinho!”; e fazer basicamente aquilo que fiz no dia anterior.
A verdade é que estava a merecer um descanso à grande. Foi uma época de stress total, em que aqui a moça das ilhas quase roçou os meandros da loucura. Mas digo desde já que a sensação de acordar quando já anoitece é ligeiramente…desagradável.
Apesar de ser horrível (!!!) acordar cedo, depois de um duche tomado é muito bom sair de casa pela fresquinha e ter o sol a bater na fronha, enquanto se desce as ruas de Coimbra de mp3 nos ouvidos, completamente alheia a tudo o que se passa à minha volta.
Enfim...
Hoje estou chata, rabugenta, carente, DOENTE! (foda-se!) e tenho saudades das minhas meninas.
Pá, esse post ficou ligeiramente grandinho. Vá, estava a precisar de desabafar.
Agora já sabem que vão ter que levar comigo e com as minhas histórias. Depois conto mais umas aventuras e coisinhas afins.

Obrigadinho pelo tempo perdido por aqui sim?

Beijinhos e abracinhos.
Vou tomar mais um Advil.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Experiência, experiência...1, 2

Benvindas criaturas blogueiras!
Preparem-se para mais uma colega nesse mundo tão cutxi-cutxi que é o mundo dos blogs. A partir do momento em que põem cá as vistinhas não há volta a dar...saiam enquanto é tempo, é uma amiga blogueira que vos avisa. É que neste espaço - que eu vejo como um diário, com a diferença que não tem cadeado e folhas cheirosas com coraçõezinhos nos cantos - vou publicar os meus devaneios, pensamentos, sentimentos, emoções, frustrações, raiva, cólera, etc., etc. quando tiver mais frágil e sensível, e quando tiver naquela-altura-do-mês (girls, come on, you all know what I mean, right?!); Vou partilhar aventuras, loucuras, alegrias e tristezas, ideias e opiniões, vídeos e músicas de eleição...em suma, tudo-aquilo-que-se-faz-num-blog sim?!
Avisam-se também às pessoas puras e castas, que ao lerem este post, não voltem a visitar aqui o estaminé. É que não me vou inibir de usar palavrões, dando-me ao trabalho de acabá-los com asteriscos para não chocar o leitor. Neste cantinho, vou ser igual a mim mesma.
Não sei ao certo para quem vou estar a escrever, ou quem vão ser os seres que se vão dar ao trabalho de aqui vir para ler os devaneios e filosofias da Cátii. Provavelmente os meus amigos (eu pago-vos no final do mês, ok?!).
Fica aqui o post introdutório, com beijinhos e abracinhos à comunidade blogueira por esse mundo fora.