sexta-feira, 12 de setembro de 2008

EU FUI - Parte IV - The End


Continuando...



Ainda antes de falar do concerto(zaço) do Lenny Kravitz...



"Cátii 'tou a ver o concerto na Sic Radical. Essa maldita está toda bêbeda e drogada!" foi a sms que recebi da minha mãe (a famosa Gigi) já o concerto da outra ia a meio. Isto é, o problema na rede dos 180.000 telemóveis presentes no Parque da Bela Vista (leia-se, dois telemóveis por pessoa...estamos em Portugal, certo?) estava resolvido, e a minha mãe estava decerto a pensar "mas que rica prenda de aniversário fui eu oferecer à minha rica filhinha".


Eu bem que acenei e agitei a bandeira dos Açores nos ar para que a minha mãe visse que eu estava sã. Foi escusado. Não apareci na TV.


A Miss Amy Winehouse tinha acabado de sair do palco a cambalear sobre o seu par de perninhas franzinas, e enquanto tentavamos recuperar do mix de emoções que tinhamos sentido e a que tinhamos assistido durante 50 minutinhos bem contados, palmilhámos mais uns metros em direcção à grade para assistirmos em pleno ao próximo concerto. Atropelámos mais uns quantos indivíduos abancados de cu no chão, ouvimos uns quantos insultos atirados entre dentes e vimos mais umas quantas caras de ódio, mas fingimos que não era connosco e lá continuamos nós a nossa debandada. Não ficamos mesmo em frente à grade, mas para o espaço que era e para o número de pessoas que se encontrava na zona em questão, ficamos muito bem situadas e com uma belíssima visão para o palco.


Ora, depois de mais uns minutos de espera, e de preparado o material necessário para o espectáculo, dá-se o rufar de tambores, ligam-se os ecrãs gigantes e eis que aparece lá o Lenny no Backstage de guitarra na mão, preparadíssimo para entrar em palco. Novamente, barulho ensurdecedor no Parque da Bela Vista. Gente a acordar em Chelas.


Entra aquele homem em palco, para alegria do mulherio presente, de casaco de cabedal, camisa preta de gola alta, calçinha skinny idem, óculos de sol (o sol de Lisboa à noite não é pêra doce), corrente de ouro ao pescoço (!!!)...isto é, um estilo Pimp (vulgo, Chulo a.k.a Proxeneta) que, estranhamente, ficava-lhe mesmo bem pá (só mesmo porque era o Lenny). Se bem que também não nos podemos queixar: o moço já teve uma época em que usava calçinha de cabedal com camisolinha de renda, com os piercings nos mamilos à mostra. Logo, não 'tava mesmo nada mal. O homem deixou bem claro que gosta bastante de ouro: ele era a corrente ao pescoço, ele era a guitarra, ele era o microfone e as colunas banhadas a ouro...e tenho cá pra mim que as cuecas dele também tinham uns quantos quilates. Só Deus sabe.



Adiante.



Esse senhor, de um estilo inconfundível, abriu o espectáculo entre fogo-de-artifício com a música "Back In Vietnam". O público estava mesmo ao rubro e o ambiente era mesmo de arrepiar. E por falar em arrepiar...acabamos de cantar em coro o refrão da "Stilness of Heart" (que durou, sem exagero, uns 10 minutos) e o Lenny dirige-se para o piano. Foi nessa altura que a Tânia disse qualquer coisa como "Ohh Meu Deus, é agora!". Oh Meu Deus. Era mesmo. A "I'll Be Waiting", o som que já andávamos a ouvir há meses. Fantástico, diga-se de passagem. Foi o momento marcante da noite. Duvidam?


O profissionalismo desse homem é incrível. A voz dele ao vivo é perfeita. "Ahhhh e tal, dizes isso porque viste o desastre que foi o concerto da outra e esse pareceu-te muito bom por causa disso!". Não meus queridos e assíduos leitores. I mean it!


A banda era igualmente espectacular. O guitarrista que tinha um cabelo que ultrapassava, e muito, o volume do meu em dias maus, e que fazia uns solos magníficos; um baixista que parecia que tinha fumado qualquer coisinha a meias com a Amy, também ele de óculos de sol (lá está!) que fazia uns movimentos deveras cómicos; um baterista que simplesmente arrasou, e o resto da banda, proporcionaram a todos um concerto digno dos 53€ pagos para este dia.


E quando ele desceu do palco para ir para perto do público e, inclusivé, subir uma das grades com o mulherio todo em êxtase (por acaso mesmo ao pé de onde nós estavamos)?! Amazing.


Bem, apesar de tudo, posso afirmar que houve umas coisinhas que nos ficaram entaladas: Mas porque raio é que ele não cantou a "Again", a "American Woman", a "I Belong To You"?!Vá, não tem mal Lenny. Volta, 'tás perdoado!


Depois de muito cantarmos, saltarmos e suarmos, o homem dá a noite por encerrada, sai do palco, mas entretanto, cheiínho de saudades nossas, volta, e lá se despede com o encore "Are You Gonna Go My Way". Sim, o concerto já tinha acabado, o pessoal já começava a dispersar, mas eu e a Tânia continuavamos paralisadas no mesmo lugar à espera que o Lenny voltasse e cantasse só p'ra nós a "Again". O gajo não voltou.
Lá fomos nós com as pernas doridas a palmilhar aquele terreno fora pois ainda faltava mais qualquer coisinha: a tenda electrónica.
Andamos uns quantos Km e já se ouvia em todo o recinto o Trance fenomenal do Sr. Dj Paul Van Dyk. Ainda antes de chegarmos à tenda (que não era tenda coisa nenhuma, mas o conceito estava engraçado) algum elemento do grupo lembrou-se que tinha a bexiga cheia. De repente, toda a gente chegou à conclusão que "já se mijava pá" e lá fomos nós ao W.C. que, só para que conste, tava cheiinho. Enquanto esperava impacientemente que as moças se aliviassem, lá ia "cÓrtindo" o som. "Já ta tudo?" "!" "Bora lá p'rá tenda!" e lá fomos nós.
Aquilo estava simplesmente impossível. A abarrotar mesmo. Ainda tentamos enfiar-nos lá dentro, mas nunca me lembro de ter sido tão esmagada em toda a minha vida. Viemos cá para fora. Ainda assim, foi lindo! Trance no seu melhor, sem sombra de dúvida.
Quando já faziamos um esforço sobrehumano para nos mantermos sobre os nossos próprios membros inferiores, decidimos ir embora, até porque já estava mesmo quase na hora de encerramento do recinto.
Ainda deu tempo para tirarmos mais umas fotos e de falarmos de como aquele dia tinha sido absolutamente fantástico. Despedi-me da Mana e do resto das meninas que tinham que ir para Braga e lá fui eu mais a Catarina apanhar o autocarro para Carnide.
Apanhamos o Bus, sentamo-nos estafadíssimas num dos bancos que p'ra lá havia e quase batemos um ronco (como diz a Catarina). Saímos em frente ao Colombo e fomos a pé até casa, que ainda ficava um bocado afastada (duas gajas inocentes, ingénuas e desprotegidas às 4h da matina, sozinhas a caminho de casa, sem uma arma branca, sem um corta-unhas, sem um spray-pimenta, nada, nadinha...a cruzarem bairros sociais escuros e sombrios...ah guerreiras!!...Chegamos bem a casa. No entanto, não repitam tamanha proeza).
Entramos pé ante pé no apartamento do tio da Catarina e mergulhamos no sofá-cama que nos tinha acolhido no dia anterior. Bendito sofá-cama.
Apanhamos o autocarro das 14h do dia seguinte e voltamos para a nossa linda cidade.
Conclusão: Rock in Rio 2010...EU VOU!
(Nota: Repararam que já não uso palavrões nos posts?!...Pois bem...a minha irmã sabe que tenho um blog. Acho que está tudo explicado.)







3 comentários:

Unknown disse...

Estava a ver não ficava a saber o resto da história! :-)

Anónimo disse...

uiiii... respeito pla mana, sim senhora =) ahahahahah

podias ter cntinuado cos palavrãns que eu n me importava lol

BeijufAS***

filipa disse...

looooooool "mas como é q eu escrevo isto sem por aqui um @#&%$*% ou um ?$#%!&??..." por isso é que o post demorou tanto a sair...

mto bem relatado, sim senhora!

só sei que enquanto a cátii apreciava em extase toda aquela maravilha a tica dizia "olhem, só mais esta e vamos embora, tá?" e pensava (gaita... tanta gente aqui enfiada... e dps pa sair?... a saída parece tão apertada... vai dar confusão... pai nosso que estais no...) loooool

bj*