domingo, 28 de dezembro de 2008

The proof (explicit photos...with subtitles!)

Este blog não se limita a relatar acontecimentos. Este blog vai aos sítios. Este blog está lá. Este blog vai directamente à cena (qual Horatio do CSI Miami), fica no terreno onde decorre a acção...e mais importante: recolhe dados e provas irrefutáveis!

Dei-me ao trabalho disto que se segue (é o que faz não ter mais nada que fazer...que por acaso até tenho...e que só mesmo por acaso são trabalhos importantes da Faculdade...adiante.)

Atenção à sequência de fotos:


1º Faísca a repousar na sua casota, controlando, ao mesmo tempo, toda a acção que decorre no quintal;

2º Tigrão e "coisinho" (um primo chegado do Tigrão) preparam-se para se empoleirar no muro (patas devidamente flectidas em plena preparação para o salto);

3º Faísca dirige-se de imediato para o muro com as suas orelhas bem erguídas, suspeitando que algo está para acontecer;


4º Tigrão salta decidido para cima do muro, enquanto o outro (o "coisinho") aguarda pelas suas recomendações (note-se ainda a sua postura convicta na pose para a foto);


5º Ora bem, essas são só mesmo para mostrar que este gato nasceu para ser modelo (na 2ª foto, andar gingão claramente provocatório);


6º Faísca resolve atacar, escolhendo uma técnica fácil e sórdida: fá-lo por trás sem que o seu adversário se aperceba da sua investida;


7º Round 1: Faísca ataca Tigrão, agarrando sua cauda sem dó nem piedade; 


8º Round 2: Tigrão roda, graciosamente, sobre o seu próprio eixo para encarar o seu adversário...sem grande sucesso;


9º Round 3: Faísca prepara-se para dar a sua derradeira cabeçada (aquela que atira os felinos para cima das hortaliças do quintal do vizinho) e acabar com o assunto...


9º Round 4: Tigrão consegue esquivar-se habilmente, não sem antes levar uma dentadinha de despedida no pernil;


10º Round 5: Tigrão escapa em grande estilo, dirigindo-se para as telhas do vizinho (repare-se na frieza e na calma com que o felino caminha sobre as telhas, mostrando não ter medo da bocarra que se abre atrás dele);

11º Após uma luta desigual, o descanso do guerreiro (claramente, o vencedor. Não pelas suas habilidades p'rá porrada, mas pela sua atitude pacifista e serena de apaziguamento de tensões).


Nota: Acalmem-se almas inquietas e chorosas, os animais envolvidos não sofreram quaisquer ferimentos e/ou lesões. 
Como já tinha dito antes, o Faísca é um brincalhão, e aquelas dentadas...valha-me Deus...são mesmo à maricas. Se tal não fosse, o Tigrão não passeava tão soberbo o seu pêlo luzidio todos os dias mesmo em frente àquele lobo que ocupa o quintal. Rambóia é o que é!

















 


quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Feliz Natal!

Mal parecia vir aqui ao blog só para dizer disparates e deixar passar esse dia em branco sem vos desejar pelo menos um FELIZ NATAL
Podia agora começar a dissertar sobre todas aquelas coisas que são (ou deviam ser!) inerentes a esta época, mas não o vou fazer. E porquê? Porque a minha antena não está a captar devidamente a inspiração que devia, e porque todos nós, como crescidinhos que somos, já sabemos de cor os discursos natalícios que se repetem a cada ano. Muitas coisas bonitas de se ouvir são apregoadas, mas muito poucas são efectivamente realizadas. É pena, é triste. E é por isso que me fico somente pelos  votos de um FELIZ NATAL para todos vós, porque há muita coisa sobre esta Festa que me faz aquela "comichãozinha" no céu da boca, ou neste caso, na ponta dos dedos que me faria escrever e escrever feita maluca. Vá, podem respirar fundo. Fico mesmo por aqui. 

Deixo-vos aqui uma mensagem de Natal original. Divirtam-se nesse site. É giro q' se farta!




Paz. 

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Faísca, o Cão

Chama-se Faísca (nome lindo). É um Pastor Alemão traçado com raça incógnita. Tem quase o tamanho de um cavalo na adolescência. É o terror do quintal. 
Rói lenha, chinelos, baldes, vassouras, esfregonas, botijas de gás, halteres, roupa do estendal (demonstrando particular preferência pela roupa do meu pai), cortinas, a sua própria casota, e os recipientes por onde come (de forma alarve) e bebe. Anteontem roeu a canalização cá de casa. 
Não apresenta quaisquer problemas do foro intestinal, tais como Obstipação ou Colite, antes pelo contrário. O seu metabolismo é rápido demais o que agrada muito quem tem a tarefa de limpar o quintal. 
Não trava amizades com os gatos. O Tigrão (o gato ginasta apresentado noutro post) é o único que lhe faz frente, sem sucesso. Noutro dia este afamado gato, encontrando-se empoleirado em cima do muro que divide o nosso quintal do quintal do vizinho, habilitou-se a uma cabeçada, indo em queda livre em direcção a um monte de couves, alfaces e alhos-francês. Não sofreu quaisquer danos físicos ou morais, pois ainda faz questão de voltar ao local do atentado.

Agarra o carrapito da minha irmã quando ela faz flexões no quintal (sim, a minha irmã monta um ginásio no quintal, daí o bicho ter roído os halteres acima referidos ). Saboreia o telemóvel dela quando a apanha desprevenida. 
É um brincalhão.

É muito machão, muito viril, mas tem medo de abelhas.

Presenteia-nos, muitas vezes, com momentos poéticos como este que segue: 

(dando sustos de morte à minha irmã, já que esta é a janela do quarto dela).

Lindo, hã?!


P.S: Nem a propósito, acabou de acontecer algo que se encaixa mesmo bem neste post
O canalizador, um senhor que mede sensivelmente 1,50 m, ao sair à porta do quintal foi abalroado pelo dito cujo, caindo ao chão e batendo com o queixo. Nada de grave, já que ainda teve forças para dizer qualquer coisa como "Epá, é um cão bruto, mas muito bonito". 

Eu já tinha dito que ele era um brincalhão.

Cuidado com o Faísca, o Cão.

 
 

sábado, 20 de dezembro de 2008

Estou...

...Esgotada;
Cansada;
Arrasada.
E outras palavrinhas acabadas em "...ada". É como me sinto darlings

Quinta-feira: 6h da matina e ainda 'tava com a pestana aberta a dar os últimos retoques em 3 trabalhos que tinha que entregar neste mesmo dia. 
6h30 'tava a enfiar-me na cama e a pôr o alarme para as 8h30 para aplicar duas prova Piagetianas a um puto de 5 anos. 
8h30 despertei com a "Ace of Spades" dos Motorhead (experimentem lá por isto como toque de despertador e logo vêem quão agradável é acordar assim). O despertador baralhou-me de tal forma a cabecinha, que cambaleei pelo quarto, ainda de olhos fechados, à procura das primeiras calças e da primeira camisola quente que apalpasse pela frente. Ainda bati com os dedos dos pés na secretária (dor que só se assemelha a uma dor de parto), disse uma dúzia de palavras feias, e lá me vesti a tremelicar por todo o lado com o frio que estava. Dirigi-me à casa-de-banho para lavar os dentes e a cara, numa tentativa de abrir os olhos de uma vez por todas. Tentativa falhada. Voltei para o quarto agarrada às paredes. Agarrei na pasta, na mala e no mp3 e abalei porta fora. Quando estava a sair do prédio e olhei para um carro, vi o meu reflexo e apercebi-me que não tinha esticado a franja: "Temos pena", pensei eu. 
Passei pelo Mini-Mercado que fica ao pé de casa para comprar alguma coisa para comer a caminho, não me fosse dar uma fraqueza e desmaiar em plena calçada. A senhora empregada, muito simpática e amigável, de esfregona na mão, quase me expulsa porta fora alegando que "...tem que esperar mais uns minutinhos menina, que só abrimos às 9h". Saí porta fora a dizer entre dentes mais meia dúzia de palavras feias. Desci a rua, encontrei-me com uma das colegas de grupo, e lá apanhamos o 7 para nos encontrarmos com outras duas colegas. Depois de aplicadas as provas ao moçinho, lá fui eu mais morta que viva, comprar o bilhete do Expresso à Rodoviária. "Bom dia, é um bilhete para o Porto, para amanhã às 8h30", "São 11€". Dou à senhora três notas de 5€. "Não tem uma moeda de 1€?", "Não.", "Incrível! e depois dizem que o país está em crise!". É que nem respondi a essa piadola. 
Arrastei-me para casa e caí redonda na cama. 
Dormi mais umas 2 horinhas, imprimi os trabalhos, subi as Monumentais com a bomba da asma na mão, e lá fui eu para a Faculdade. 
Entramos na sala com a esperança que a Professora dissesse "Entreguem os trabalhos e BOAS FÉRIAS". Mas não. Tivemos aula. No entanto, não aguentei e saí a meio. Andei meia horinha a pé até ao Sweet Drip (Tradução: Pingo Doce) para fazer umas compras, e outros 15 minutos de volta a casa com sacos na mão.
Cheguei a casa e voltei a sair logo de seguída com a Lili e com o Gonçalo para irmos ao Lidl. Lá fomos os três: Lili a conduzir, Dj Cátii a pôr som no carro e Gonçalo atrás a dar indicações. 
Voltamos para o nosso Lar e comecei a fazer o jantar para a minha família do coraçãozinho. 
Fui para o quarto para fazer mala. Foi um instantinho. Abri e fechei armários e gavetas vezes sem conta para ter a certeza que tinha tudo arrumado e que não me esquecia de nada. Eram 2h da matina quando tava a tomar duche. Antes de ir dormir, abri a carteira para confirmar se tinha todos os documentos necessários, olhei para o bilhete do Expresso e reparei que o que a senhora humorista da Rodoviária me tinha dado era afinal para as 9h30 (tinha mesmo que ir às 8h30 para o caso de haver algum imprevisto, porque o voo era às 12h20). Disse mais 8735768 palavrinhas daquelas, e fui dormir. 

Sexta-feira: O despertador tocou às 7h, mas desta vez com a "Rocking around the Christmas Tree". Uma pessoa acorda logo com outro espírito. Tomei duche, vesti-me, dei um beijinho de despedida às minhas meninas e lá fui eu. Desci as escadas do prédio a muito custo com um trolley grande (não temos elevador) e voltei para ir buscar a minha mala e o portátil. Cometi a grande inconsciência de ir de botas de salto alto, sem me lembrar que ainda tinha que descer uma rampa e andar uns valentes metros para chegar à Praça de Táxis. Cheguei lá com as pernas bambas. 
Chegada à Rodoviária a deitar fumo pelas orelhas, lá me dirigi à Bilheteira. Era a humorista quem lá estava. "Bom dia. Ontem pedi-lhe um bilhete para as 8h30 mas deve ter percebido mal e deu-me um para as 9h30...sabe é que tenho um avião para apanhar e..." nem me deixou acabar a conversa e já tava a trocar o bilhete. Óptimo, é que já 'tava à espera de mais uma piada. 
Entrei no autocarro e lá levei uma seca de 1h30 de viagem. O que me vale é o meu mp3, que é, nada mais nada menos, um filho pr'a mim!
Cheguei ao Porto (cidade mai' linda), e voltei a apanhar um Táxi para o Aeroporto. 
Aeroporto Sá Carneiro. Entro lá e reparo que os balcões do Check-in para Ponta Delgada já estão abertos. Ponho-me na fila. 
"Olhe, um lugar ao pé da janela por favor". 
Compro a Blitz deste mês que tem como capa o Kurt Cobain e resolvo ir para a porta de embarque. 
Mostro o CU ao senhor segurança (leia-se, Cartão Único) e preparo-me para a parte mais chata de todo este processo. Tiro cinto, casaco e cachecol, abro a mala do portátil, tiro o portátil, revistam-me a mala de ombro. Pedem-me para passar: "pipipipipipipipipi", responde o raio daquela máquina. "Minha senhora, chegue aqui à frente, abra os braços e afaste as suas pernas". Odeio que me chamem senhora, só p'ra que fique registado. Uma senhora com luvas brancas apalpou-me em pleno Aeroporto, quando havia lá por perto um moço jeitoso que apalpava também ele senhores que faziam a máquina apitar. Alguma coisa bate mal naquele Aeroporto. 
Ainda pensei que fosse o piercing. Afinal foram as botas a razão do vexame. 
Fui para a porta de embarque e dirigi-me para um cantinho para voltar a colocar o cinto enquanto olhava para os aviões lá fora. Quando olhei para trás e para cima reparei que havia (muita) gente a olhar cá para baixo através de um vidro. Que situação tão gira.
Sentei-me numa das cadeiras a ler a Blitz enquanto esperava que a porta abrisse. Eram 12h e a porta ainda não estava aberta. O avião estava atrasado.
A porta só abriu às 12h20 e lá entrei já impaciente. 
Avião cheio e eu sozinha num banco com três lugares. Wooooo-hoooooo, assim é que gosto. 
Mais 2h e não sei quantos minutos de pura seca. 
Na descolagem, a minha parte preferida, uma moça com a mania que tinha um grande piadão resolve gritar "Aiiii que eu não quero andar de avião! aii que eu tenho medo! aii que isso vai cair tudo" com um sotaque micaelense que até eu levei uns segundos a decifrar. As amigas dela riram-se achando muita piada; o resto do avião, nem por isso. Eu pessoalmente fiquei com vontade de ser uma conterrânea prestável e atirá-la avião fora. 
Para passar o tempo li as partes da revista que ainda não tinha lido, ouvi mp3 e cheguei ainda a "bater um ronco", até ao momento em que dois bebés que resolveram chorar a plenos pulmões durante quase toda a viagem acharam que eu devia era estar acordada. 
Somos informados que vamos iniciar a descida. Começo a avistar a minha linda ilha ao longe. 
O Sr. Piloto, armado em Michael Schumacher dos céus, faz uma manobra para virar que põe o avião numa posição oblíqua um bocado estranha. Por momentos, vi a minha vida andar p'ra trás. 
A aterragem foi muito boa e, felizmente, ninguém se lembrou de bater palmas. 
18 graus em Ponta Delgada. Saí do avião e senti-me em Bora Bora. 
Mais uns minutos de espera pela bagagem. 
Não demorou muito tempo até que o meu rico trolley entrasse no tapete rolante. Adoro essa sensação. Lá agarrei a minha mala e dirigi-me para a porta que tem por cima um letreiro a verde que diz "Nada a Declarar". 
Muita emoção, abraços e beijos na família que esperava por mim. 
Nem acreditei quando finalmente cheguei a casa.
Descanso, muitos mimos e comida da mamã. 

Lar doce Lar.






 


 


quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Prometo...

...que quando esse suplício de trabalhos, stress e quase loucura acabar, compenso neste afamado blog aquilo que não escrevi nesses dias. Este post é dirigido, principalmente, aos 100 ('tá beeeem!) fiéis visitantes que este blog recebe diariamente e que tem mandado emails e mensagens anónimas a ameaçar-me de porrada por ser uma blogueira desleixada e inconsciente.
Amanhã, depois de entregues os 834657928 trabalhos que nos faltavam entregar, aqui a moça dos trópicos tropicais (como diz a Tica, coisa mai' linda), está oficialmente de férias (ou se calhar não, já que vou ter que adiantar mais umas mer...coisas lá na ilha).
Ora bem, hora de voltar ao trabalho.
Beijinho para quem ainda se designa a visitar este estaminé (que tem um template tão foleirinho Meu Deus! aquela mão lá em cima a segurar a caneta NÃO é minha hã!...já agora, como é que eu mudo isso?).
Ah, e já agora, antes de ir embora (as rimas saem-me assim...fluem!), quero só demonstrar o meu desagrado pelo facto de nenhum/a corajoso/a ter respondido à minha proposta de irmos todos nus para as Monumentais gritar "Hey! Teacher! leave the kids alone"...era uma forma bem gira e radical de protesto...
...
...
...
Púdicos!!!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Bora a mais um momento deprimente? Bora!

Aqui fica o poema das tais "ruas paralelas" com o qual a minha irmã tão gentilmente gozou num post anterior. Esse é de um dos meus heterónimos (toma Fernando Pessoa, não és o único a ter heterónimos!), a Vánessa Sofia (vá, tou a brincar...).

Encontros

Andamos em ruas paralelas

E com frequência nos encontramos.

Perco-me de tudo, esqueço-me da paz

Esqueço-me da alegria,

Tuas inimigas de sempre, tuas inimigas para sempre…

O peso do mundo cai-me nos ombros, e mergulho nesse abismo

Que toma conta do meu ser e da minha alma indefesa e débil

O vento gélido que trazes nas tuas veias apaga as tochas que iluminam

O caminho que traço com a vontade de nunca te encontrar.

A tua força viril e insensível empurra-me para o turbilhão

De imagens e histórias passadas que me perseguem e inquietam

E que insistem em não me abandonar

Os meus gritos saem mudos e não obtenho respostas

Os meus gestos vociferantes são ignorados

Pois todos são surdos, todos são cegos.

Cessa de me atormentar

Parte para outra rua, cruza outros caminhos,

Esquece a minha existência…roubaste-ma há muito.

Esquece esta alma imensamente frágil que não mais aguenta tais encontros.

Quero uma mão que me guie

Que me leve para outros trilhos

Que me liberte desse sufoco que engole aos poucos a minha alma.

Deixa-me. Liberta-me. Ignora-me.

Desiste de me procurar nos caminhos da vida.

Tento tão sofregamente fugir de ti, Sofrimento

Mas tu corres mais depressa do que eu…

Esquece a morada da minha alma, da minha existência.

E talvez nesse momento…

Eu encontre a paz e a alegria,

E correremos de mãos dadas pelas ruas e caminhos da vida,

Onde tu, nunca nos poderás encontrar.


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Não, eu não ando a "chocar" uma depressão. Apenas gosto de escrever. 

E é isso.