sábado, 20 de dezembro de 2008

Estou...

...Esgotada;
Cansada;
Arrasada.
E outras palavrinhas acabadas em "...ada". É como me sinto darlings

Quinta-feira: 6h da matina e ainda 'tava com a pestana aberta a dar os últimos retoques em 3 trabalhos que tinha que entregar neste mesmo dia. 
6h30 'tava a enfiar-me na cama e a pôr o alarme para as 8h30 para aplicar duas prova Piagetianas a um puto de 5 anos. 
8h30 despertei com a "Ace of Spades" dos Motorhead (experimentem lá por isto como toque de despertador e logo vêem quão agradável é acordar assim). O despertador baralhou-me de tal forma a cabecinha, que cambaleei pelo quarto, ainda de olhos fechados, à procura das primeiras calças e da primeira camisola quente que apalpasse pela frente. Ainda bati com os dedos dos pés na secretária (dor que só se assemelha a uma dor de parto), disse uma dúzia de palavras feias, e lá me vesti a tremelicar por todo o lado com o frio que estava. Dirigi-me à casa-de-banho para lavar os dentes e a cara, numa tentativa de abrir os olhos de uma vez por todas. Tentativa falhada. Voltei para o quarto agarrada às paredes. Agarrei na pasta, na mala e no mp3 e abalei porta fora. Quando estava a sair do prédio e olhei para um carro, vi o meu reflexo e apercebi-me que não tinha esticado a franja: "Temos pena", pensei eu. 
Passei pelo Mini-Mercado que fica ao pé de casa para comprar alguma coisa para comer a caminho, não me fosse dar uma fraqueza e desmaiar em plena calçada. A senhora empregada, muito simpática e amigável, de esfregona na mão, quase me expulsa porta fora alegando que "...tem que esperar mais uns minutinhos menina, que só abrimos às 9h". Saí porta fora a dizer entre dentes mais meia dúzia de palavras feias. Desci a rua, encontrei-me com uma das colegas de grupo, e lá apanhamos o 7 para nos encontrarmos com outras duas colegas. Depois de aplicadas as provas ao moçinho, lá fui eu mais morta que viva, comprar o bilhete do Expresso à Rodoviária. "Bom dia, é um bilhete para o Porto, para amanhã às 8h30", "São 11€". Dou à senhora três notas de 5€. "Não tem uma moeda de 1€?", "Não.", "Incrível! e depois dizem que o país está em crise!". É que nem respondi a essa piadola. 
Arrastei-me para casa e caí redonda na cama. 
Dormi mais umas 2 horinhas, imprimi os trabalhos, subi as Monumentais com a bomba da asma na mão, e lá fui eu para a Faculdade. 
Entramos na sala com a esperança que a Professora dissesse "Entreguem os trabalhos e BOAS FÉRIAS". Mas não. Tivemos aula. No entanto, não aguentei e saí a meio. Andei meia horinha a pé até ao Sweet Drip (Tradução: Pingo Doce) para fazer umas compras, e outros 15 minutos de volta a casa com sacos na mão.
Cheguei a casa e voltei a sair logo de seguída com a Lili e com o Gonçalo para irmos ao Lidl. Lá fomos os três: Lili a conduzir, Dj Cátii a pôr som no carro e Gonçalo atrás a dar indicações. 
Voltamos para o nosso Lar e comecei a fazer o jantar para a minha família do coraçãozinho. 
Fui para o quarto para fazer mala. Foi um instantinho. Abri e fechei armários e gavetas vezes sem conta para ter a certeza que tinha tudo arrumado e que não me esquecia de nada. Eram 2h da matina quando tava a tomar duche. Antes de ir dormir, abri a carteira para confirmar se tinha todos os documentos necessários, olhei para o bilhete do Expresso e reparei que o que a senhora humorista da Rodoviária me tinha dado era afinal para as 9h30 (tinha mesmo que ir às 8h30 para o caso de haver algum imprevisto, porque o voo era às 12h20). Disse mais 8735768 palavrinhas daquelas, e fui dormir. 

Sexta-feira: O despertador tocou às 7h, mas desta vez com a "Rocking around the Christmas Tree". Uma pessoa acorda logo com outro espírito. Tomei duche, vesti-me, dei um beijinho de despedida às minhas meninas e lá fui eu. Desci as escadas do prédio a muito custo com um trolley grande (não temos elevador) e voltei para ir buscar a minha mala e o portátil. Cometi a grande inconsciência de ir de botas de salto alto, sem me lembrar que ainda tinha que descer uma rampa e andar uns valentes metros para chegar à Praça de Táxis. Cheguei lá com as pernas bambas. 
Chegada à Rodoviária a deitar fumo pelas orelhas, lá me dirigi à Bilheteira. Era a humorista quem lá estava. "Bom dia. Ontem pedi-lhe um bilhete para as 8h30 mas deve ter percebido mal e deu-me um para as 9h30...sabe é que tenho um avião para apanhar e..." nem me deixou acabar a conversa e já tava a trocar o bilhete. Óptimo, é que já 'tava à espera de mais uma piada. 
Entrei no autocarro e lá levei uma seca de 1h30 de viagem. O que me vale é o meu mp3, que é, nada mais nada menos, um filho pr'a mim!
Cheguei ao Porto (cidade mai' linda), e voltei a apanhar um Táxi para o Aeroporto. 
Aeroporto Sá Carneiro. Entro lá e reparo que os balcões do Check-in para Ponta Delgada já estão abertos. Ponho-me na fila. 
"Olhe, um lugar ao pé da janela por favor". 
Compro a Blitz deste mês que tem como capa o Kurt Cobain e resolvo ir para a porta de embarque. 
Mostro o CU ao senhor segurança (leia-se, Cartão Único) e preparo-me para a parte mais chata de todo este processo. Tiro cinto, casaco e cachecol, abro a mala do portátil, tiro o portátil, revistam-me a mala de ombro. Pedem-me para passar: "pipipipipipipipipi", responde o raio daquela máquina. "Minha senhora, chegue aqui à frente, abra os braços e afaste as suas pernas". Odeio que me chamem senhora, só p'ra que fique registado. Uma senhora com luvas brancas apalpou-me em pleno Aeroporto, quando havia lá por perto um moço jeitoso que apalpava também ele senhores que faziam a máquina apitar. Alguma coisa bate mal naquele Aeroporto. 
Ainda pensei que fosse o piercing. Afinal foram as botas a razão do vexame. 
Fui para a porta de embarque e dirigi-me para um cantinho para voltar a colocar o cinto enquanto olhava para os aviões lá fora. Quando olhei para trás e para cima reparei que havia (muita) gente a olhar cá para baixo através de um vidro. Que situação tão gira.
Sentei-me numa das cadeiras a ler a Blitz enquanto esperava que a porta abrisse. Eram 12h e a porta ainda não estava aberta. O avião estava atrasado.
A porta só abriu às 12h20 e lá entrei já impaciente. 
Avião cheio e eu sozinha num banco com três lugares. Wooooo-hoooooo, assim é que gosto. 
Mais 2h e não sei quantos minutos de pura seca. 
Na descolagem, a minha parte preferida, uma moça com a mania que tinha um grande piadão resolve gritar "Aiiii que eu não quero andar de avião! aii que eu tenho medo! aii que isso vai cair tudo" com um sotaque micaelense que até eu levei uns segundos a decifrar. As amigas dela riram-se achando muita piada; o resto do avião, nem por isso. Eu pessoalmente fiquei com vontade de ser uma conterrânea prestável e atirá-la avião fora. 
Para passar o tempo li as partes da revista que ainda não tinha lido, ouvi mp3 e cheguei ainda a "bater um ronco", até ao momento em que dois bebés que resolveram chorar a plenos pulmões durante quase toda a viagem acharam que eu devia era estar acordada. 
Somos informados que vamos iniciar a descida. Começo a avistar a minha linda ilha ao longe. 
O Sr. Piloto, armado em Michael Schumacher dos céus, faz uma manobra para virar que põe o avião numa posição oblíqua um bocado estranha. Por momentos, vi a minha vida andar p'ra trás. 
A aterragem foi muito boa e, felizmente, ninguém se lembrou de bater palmas. 
18 graus em Ponta Delgada. Saí do avião e senti-me em Bora Bora. 
Mais uns minutos de espera pela bagagem. 
Não demorou muito tempo até que o meu rico trolley entrasse no tapete rolante. Adoro essa sensação. Lá agarrei a minha mala e dirigi-me para a porta que tem por cima um letreiro a verde que diz "Nada a Declarar". 
Muita emoção, abraços e beijos na família que esperava por mim. 
Nem acreditei quando finalmente cheguei a casa.
Descanso, muitos mimos e comida da mamã. 

Lar doce Lar.






 


 


1 comentário:

Anónimo disse...

Só mm tu pa uma descriçao destas mana!!! Tens uma queda pa escrita k até furas o cabrao do chao ;) xD

beijao manazona (apesar d nao tar sp a comentar tou sp atenta ao teu blog!!!!!! MESMO!) LOVE U SOSOSOSOSOSOSO****************